Não se prenda a nada,
evolua sem cessar,
esteja sempre ao lado da razão.
Ó pedras do meu caminho,
se não posso vencê-las,
tampouco me unirei a vós,
que não quereis caminhar.
Eu, que não consigo ficar parado,
preciso contornar-vos,
porque, empedernidas, vossa consciência é pesada.
Brilho opaco das mentes de granito,
vontade sem fim de permanecerem as mesmas,
investem sobre mim com pontas afiadas,
derramando lágrimas e sangue por terra.
Percorro trilhas descalço
e trago comigo algumas pequenas de vós
para lançar contra meus inimigos
ou abandonar quando estiver exausto.
A maioria hei de esquecer com certeza.
Outras, não poderei tão facilmente,
pois que deixaram grandes cicatrizes,
lembranças de um caminho cheio de pedras.
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