sábado, 6 de agosto de 2011

Desejos de um Eu Abandonado

Inquieta, aprisionada, ela chora.
Impaciente, frustrado, ele envelhece.
A mente tem vontades que o corpo ignora.
O corpo tem desejos que a mente desconhece.

Triste é realizar as fantasias da mente
sem se entregar aos impulsos do corpo.
Ainda mais triste é saciar as necessidades do corpo,
mas não satisfazer os caprichos da mente

Quantos olhares trocados,
quantas ideias esquecidas,
amores abandonados,
histórias repetidas?

Queria eu reduzir tudo a pó,
perder todas as lembranças,
lançar ao vento minhas esperanças
e, em meio ao universo, ficar só.

Distante do meu próprio mundo,
contemplar o que já não tenho mais.
À margem de um sonho profundo,
quem sabe, encontrar a paz.

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