As paisagens se transformam em pinturas;
as janelas, em quadros.
Não há um só canto sem paredes.
E o meu canto, o meu canto é quase inaudível.
Há menos ar, menos inspiração.
Ainda assim, sinto o vento de uma tempestade.
Pingos d’água.
Ondas de lágrimas.
O sal. O sol. O céu. O seu. O meu. O eu.
Um horizonte de devaneios
emaranhado a tantas certezas.
Costurado por frios fios
de um destino sem clareza.
Não há raios de luz.
Não há salvação.
O desejo é sempre falta.
E a felicidade é uma
ideia velha.
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