Tolos de convicções absurdas,
de metralhadoras e submetralhadoras,
com vossos mísseis e alvos indefinidos.
Homens de amor ao ódio,
amantes explosivos,
jamais tentais contra mim,
que sou vosso oposto.
Sois pedra.
Sou chuva.
Sois muro.
Sou porta.
Sois sono.
Sou insônia.
Sois espelho.
Sou luz.
E, enquanto vós dormis,
eu caminho.
Enquanto vós sonhais,
percorro trilhas descalço.
E, se me cortais, ó pedras,
sangro para irrigar vossas ideias,
subverter vossa decência,
fazer florescer vossa consciência.
Não, não temos nada em comum,
senão o que escondeis
por detrás de vossas manhas.
Vossa fome saciais com palavras.
Vossa sede, com mentiras.
Minha fome, eu a mato com desespero.
Minha sede, com hesitação
e dança.
Dança.
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